sexta-feira, 23 de março de 2007

Imagine...

Imagine como deve ser o dia-dia da rua? De qualquer rua...
Ela que assiste tudo e nada faz... a única que vê tudo e o que todos fazem de um ângulo muito suspeito... Dela ninguém esconde nada, por mais que tente.
Como deve ser saber todos os segredos?
Ver aquela pessoa que fugiu de outra, e ao mesmo tempo essa outra a procurá-la...
Ou aquele momento embaraçoso que você achou que ninguém viu...
A calma de uma mãe que sai para passear com o bebê no carrinho...
A pressa do executivo que não anda, quase corre...
a alegria e a farra de um grupo de amigos barulhentos...
Jovens brigando e discutindo por besteira...
Pessoas calmas, Zen, agitadas, baladeiras...
Mulheres arrumadas só para ir à esquina,
Meninas que andam de chinelo, meninas que andam de salto alto...
Ver os furtos e os consolos...
As gentilezas e alegrias...
A arrogância do homem, e a bondade do mesmo...
Como pode?
O mesmo bicho ser tão diferente?
A rua agradece, por fazermos do dia-dia dela uma emoção. Ela agradece aos defeitos e qualidades do homem. Ela agradece pela imperfeição. Ela agradece por sermos diferentes. E lembra a importância de sermos nós mesmos. Pois se fôssemos todos iguais, esse texto seria muito chato. Obrigada.

O dia-dia assistido pela rua

Música: O Bêbado e a Equilibrista
Autores: João Bosco & Aldir Blanc

Caía a tarde feito um viaduto
e um bêbado trajando luto
me lembrou Carlitos.
A lua,tal qual a dona do bordel,
pedia a cada estrela fria
um brilho de aluguel.
E nuvens,
lá no mata-borrão do céu,
chupavam manchas torturadas-
que sufoco!
Louco,
o bêbado com chapéu-côco
fazia irreverências mil
pra noite do Brasil, meu Brasil
que sonhava com a volta do irmão do Henfil,
com tanta gente que partiu
num rabo-de-foguete.
Chora a nossa pátria, mãe gentil,
Choram Marias e Clarisses
no solo do Brasil.
Mas sei que uma dor assim pungente
não há de ser inutilmente,
a esperança, dança
na corda-bamba de sombrinha
em cada passo dessa linha
pode se machucar.
Azar! A esperança equilibrista
sabe que o show de todo artista
tem que continuar.






Não é perfeito? Também acho.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Poema com vini

Ela me pediu pra começar
e eu continuo a pensar
tentando escrever algo que possa significar alguma coisa
tudo tem significado, basta querer.
A poesia está fluindo entre nós
A vida flui, e nem percebemos.
Paulinha bebeu mais um pouco de cerveja.
E vini olhou e escreveu.
Observando tudo o que passa ao nosso redor.
As pessoas conversam distraídas e deixam o tempo passsar, correr...
Ainda é manhã e nem sentimos o tempo passar...
Conversam sobre música ao invés de tocar.
Fiquei sem palavras agora.















Profundo, muito profundo.
Mas tem que ser espiritualmente elevado pra entender.

VERDE

Pois leia.
Vou escrever um livro.
Alguém vai entendê-lo?
Acho que não.
Mas tenho esperança.
Todos deveriam ter.
É lindo.
A esperança é verde,
sem o verde o mundo está vazio...
Entenda.
Viva.
E preserve o verde que há em você.















um dos frutos de uma quarta-feira de manhã no Zélia.

Hoje

Há quem nos ache genial.
Com estes queremos sempre estar...
Por que será?
Será muita pretensão nossa?
Achar que estamos sendo compreendidos se como gênios entendidos?
Todo mundo tem o direito de pensar
E pensar é achar
Achar respostas ou criar opinião
Não querendo viver uma ilusão
Mas tenho esperança de que me entenda...
Só quero expor minha cabeça para o mundo
E com minhas idéias revolucionárias ou bandidas
Para com algo colaborar
Nem que seja para discordar.
Mas quero que pense...
E pensando crie.
E criando entenda minhas invenções...




Nossa! Dia viajante. vamos viajar mais...